sábado, 31 de dezembro de 2011

Post de Ano Novo

Não costumo fazer posts pessoais no L'Hippopotame, o objetivo desse blog sempre foi arquivar coisas que eu gosto e que acho bacana compartilhar. Claro que houve a exceção do Meme das Antigas do ano passado, mas tirando aquele momento de empolgação coletiva em 2010, eu só posto informação.
E foi exatamente no Meme que postei uma frase do Mestre Jedi Yoda que regeu o meu ano de 2011. Não posso prever nada para 2012, afinal, o futuro está sempre em movimento, mas posso, através de uma música bem popular dos Beatles, expressar o que está sendo para mim esse finalzinho de 2011 e o que eu espero que vá reger minha vida em 2012.


All You Need Is Love
The Beatles

Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love

There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
It's easy

There's nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Nothing you can do, but you can learn how to be you in time
It's easy

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need

There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
It's easy

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
(She loves you yeah, yeah, yeah!)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Música para um sábado qualquer - Parte XX - Ed. Especial de Natal


O L'Hippopotame e o Alice Cooper desejam um
Feliz Natal!


Santa Claus is coming to town
Alice Cooper

You better watch out
You better not cry
You better not pout
I'm telling you why
Santa Claus
Is coming to town
Santa Claus
Is coming to town
Santa Claus
Is coming to town

He's making a list
He's checking it twice
He's gonna find out
Who's naughty or nice
Santa Claus
Is coming to town
Santa Claus
Is coming to town
Santa Claus
Is coming to town

He sees you
When you're sleeping
He knows
When you're awake
He knows
If you've been bad
Or good
So be good
For goodness sake

So you
Better watch out
You better not cry
You better not pout
I'm telling you why
Santa Claus
Is coming to town
Santa Claus
Is coming to town
Santa Claus
Is coming to town

The kids in girl
And boyland
Will have a jubilee
They're gonna build
A toyland
All around
The Christmas tree

So you
Better watch out
You better not cry
You better not pout
I'm telling you why
Santa Claus
Is coming to town
Santa Claus
Is coming to town
Santa Claus
Is coming
Santa Claus
Is coming
To town
Santa Claus
Is coming to town

sábado, 17 de dezembro de 2011

Música para um sábado qualquer - Parte XIX - Ed. Especial Scharza

O sensacional (sim, eu adoro o cara) Arnold Schwarzenegger fez participações bem especiais em videoclipes de trilhas sonoras de filmes onde foi protagonista.

Em O Último Grande Herói a música Big Gun da banda AC/DC ganhou bastante destaque na época graças à aparição do protagonista no clipe.
Atenção especial para o momento em que o Schwarzenegger, vestido de Angus, pega o próprio no colo e começa a pular. Animal.


Em O Exterminador do Futuro II - O Julgamento Final a música You Could Me Mine do Guns N' Roses, que foi a primeira grande estreia de videoclipe na MTV após a emissora chegar ao Brasil, Schwarza faz sua aparição como o androide exterminador T-800
No final Axl Rose é poupado por ser um "desperdício de munição". Muito bom.


*agradecimentos especiais a Hally e ao Rob que inspiraram esse post. :)
** se você não conseguir ver os vídeos clique aqui e aqui




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Filmes que só eu gosto - A vida em preto e branco

Esse é um daqueles filmes leves e fofos que fazem você se sentir bem. O filme é uma graça e não sei porque não fez muito sucesso na época em que foi lançado (1998). Além de ter o William H. Macy no elenco que é um ator sensacional.

domingo, 4 de dezembro de 2011

The Raven

O CORVO
Edgar Allan Poe (1845) - Tradução: Fernando Pessoa

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste, 
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais, 
E já quase adormecia, ouvi o que parecia 
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais 
«Uma visita», eu me disse, «está batendo a meus umbrais. 
É só isso e nada mais.» 

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro, 
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais. 
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada 
P'ra esquecer (em vão) a amada, hoje entre hostes celestiais — 
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais, 
Mas sem nome aqui jamais! 
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo 
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais! 
Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo, 
«É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais; 
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais. 
É só isso e nada mais». 

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante, 
«Senhor», eu disse, «ou senhora, decerto me desculpais; 
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo, 
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais, 
Que mal ouvi...» E abri largos, franquendo-os, meus umbrais. 
Noite, noite e nada mais. 

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando, 
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais. 
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita, 
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais — 
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais. 
Isto só e nada mais. 

Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo, 
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais. 
«Por certo», disse eu, «aquela bulha é na minha janela. 
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.» 
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais. 
«É o vento, e nada mais.» 

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça, 
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais. 
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento, 
Mas com ar solene e lento pousou sobre meus umbrais, 
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais. 
Foi, pousou, e nada mais. 

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura 
Com o solene decoro de seus ares rituais. 
«Tens o aspecto tosquiado», disse eu, «mas de nobre e ousado, 
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais! 
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.» 
Disse-me o corvo, «Nunca mais». 

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro, 
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais. 
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido 
Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais, 
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais, 
Com o nome «Nunca mais». 

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto, 
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais. 
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento 
Perdido, murmurei lento, «Amigo, sonhos — mortais 
Todos — todos lá se foram. Amanhã também te vais». 
Disse o corvo, «Nunca mais». 

A alma súbito movida por frase tão bem cabida, 
«Por certo», disse eu, «são estas vozes usuais. 
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono 
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais, 
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais 
Era este «Nunca mais». 

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura, 
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais; 
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira 
Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais, 
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais, 
Com aquele «Nunca mais». 

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo 
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais, 
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando 
No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais, 
Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais, 
Reclinar-se-á nunca mais! 

Fez-me então o ar mais denso, como cheio dum incenso 
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais. 
«Maldito!», a mim disse, «deu-te Deus, por anjos concedeu-te 
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais, 
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!» 
Disse o corvo, «Nunca mais». 

«Profeta», disse eu, «profeta — ou demónio ou ave preta! 
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais, 
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida 
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais, 
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!» 
Disse o corvo, «Nunca mais». 

«Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!, eu disse. «Parte! 
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais! 
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste! 
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!» 
Disse o corvo, «Nunca mais». 

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda 
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais. 
Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha, 
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais, 
E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais, 
Libertar-se-á... nunca mais!

*leia o original The Raven aqui

The Raven tem estreia prevista para 9 de março de 2012 nos EUA. 


*se o vídeo não apareceu clique aqui